Sintomas e Diagnóstico

Sintomas de artrose no cotovelo: como identificar

Conheça os sintomas de artrose no cotovelo e saiba quando buscar avaliação.

Os sintomas de artrose no cotovelo costumam começar de forma discreta, com incômodos que aparecem durante atividades específicas e somem com o repouso.

Com a progressão do desgaste, a dor deixa de ser episódica e passa a aparecer com mais facilidade. A rigidez cresce, e a amplitude de movimento vai ficando menor, principalmente em extensão e flexão finais.

Neste conteúdo, a ideia é apontar os sinais clínicos que mais se repetem, mostrar o que costuma mudar quando a doença avança e ajudar a separar um processo degenerativo de outras fontes de dor no cotovelo.

O que é artrose do cotovelo e por que os sintomas aparecem

A artrose é o desgaste progressivo da cartilagem que recobre as superfícies articulares. No cotovelo, esse desgaste altera o deslizamento entre úmero, ulna e rádio, aumenta o atrito e favorece inflamação local.

O organismo pode responder formando irregularidades ósseas (osteófitos) e gerando fragmentos que irritam a articulação.

Esse conjunto explica por que os sintomas de artrose no cotovelo incluem dor mecânica, rigidez e estalos.

Sintomas de artrose no cotovelo: sinais mais comuns

Os sintomas variam conforme o grau de desgaste, o nível de atividade e a presença de osteófitos ou fragmentos intra-articulares.

No início, o incômodo pode surgir só em movimentos específicos, com melhora após repouso. Em fases mais avançadas, pode ocorrer dor persistente e perda importante de função.

  • Dor ao movimentar: piora ao dobrar, esticar, apoiar peso, empurrar ou segurar objetos.
  • Rigidez: sensação de “travamento” ao iniciar o movimento, mais evidente após períodos parado.
  • Perda de amplitude: dificuldade para estender totalmente o cotovelo ou para flexionar até encostar a mão no rosto.
  • Estalos e crepitação: ruídos, sensação de atrito ou “areia” ao mover a articulação.
  • Inchaço: pode aparecer em fases mais irritadas ou em casos com inflamação mais evidente.
  • Dificuldade em atividades do dia a dia: comer, escovar os dentes, barbear, usar o celular, vestir camisa, prender o cinto, apoiar-se para levantar.

Em quadros com irregularidades ósseas maiores, a pessoa percebe bloqueios intermitentes: o cotovelo “trava” no movimento e, após uma pequena adaptação, volta a mexer.

Esse sinal costuma indicar alteração mecânica dentro da articulação e merece avaliação.

Como a dor costuma se comportar na artrose do cotovelo

A dor da artrose é frequentemente mecânica. Ela aparece ou piora com uso, esforço e repetição, aliviando com repouso.

Muitos pacientes relatam desconforto ao apoiar o antebraço, ao empurrar uma porta, ao carregar sacolas ou ao treinar membros superiores.

Com a progressão do desgaste, a dor pode surgir com atividades leves e, em casos graves, tornar-se constante, com pouca resposta a medidas simples.

Um ponto importante é observar o padrão: dor localizada no cotovelo, associada à rigidez e limitação de movimento, reforça a hipótese degenerativa.

Dor irradiada, formigamento ou choque elétrico sugerem que outros diagnósticos também precisam ser avaliados, como compressões nervosas ou tendinopatias.

Rigidez e perda de movimento: por que são sinais tão relevantes

Entre os sintomas de artrose no cotovelo, a redução da mobilidade costuma ser o que mais limita a função, visto que a flexão é essencial para levar a mão ao rosto e para atividades de autocuidado.

A extensão completa é importante para apoiar o braço, alcançar objetos e executar movimentos de empurrar com segurança.

A perda de amplitude pode ocorrer por dor, por espessamento capsular e, em muitos casos, por impacto mecânico de osteófitos que bloqueiam o movimento.

Quando a pessoa passa a adaptar o gesto, usando o ombro e o tronco para compensar, surgem sobrecargas em outras regiões.

Estalos, travamentos e sensação de “corpo solto”

Estalos isolados podem ocorrer mesmo em articulações saudáveis. Na artrose do cotovelo, os estalos costumam vir acompanhados de dor, atrito ou sensação de irregularidade.

Quando há fragmentos de cartilagem ou osso dentro da articulação, podem ocorrer travamentos, bloqueios e episódios em que o cotovelo “não vai” até certo ponto.

Esse componente mecânico é um dos motivos pelos quais alguns casos melhoram com procedimentos que removem irregularidades e corpos livres, em especial quando o desgaste ainda não é extremo.

Sinais de alerta que merecem avaliação rápida

Alguns sinais indicam que a avaliação não deve ser adiada, seja por intensidade dos sintomas, seja por risco de limitação funcional importante.

  • Dor que não melhora com repouso e medidas simples por mais de 2 a 3 semanas.
  • Perda progressiva de movimento, com dificuldade real para tarefas básicas.
  • Inchaço recorrente ou aumento de volume na articulação.
  • Travamentos frequentes ou bloqueios do movimento.
  • Dor noturna persistente, principalmente se vier associada a piora funcional.
  • Histórico de fratura, luxação ou cirurgia prévia no cotovelo com dor atual.

Em pessoas com doenças reumatológicas, a evolução pode ser mais rápida e o controle do processo inflamatório faz diferença no prognóstico.

Nesses casos, um acompanhamento estruturado com ortopedista de ombro e cotovelo evita a perda funcional desnecessária.

O que costuma ajudar no controle dos sintomas

O objetivo do tratamento é reduzir a dor, melhorar a função e desacelerar a progressão do desgaste. O plano varia conforme a causa, o grau de artrose e as demandas do paciente.

Em boa parte dos casos, começa-se por medidas conservadoras, com reabilitação bem direcionada e ajustes de carga.

  1. Ajuste de atividades: reduzir movimentos repetitivos de impacto e cargas que provocam piora.
  2. Gelo: útil em fases de irritação e após esforço.
  3. Medicamentos: analgésicos e anti-inflamatórios quando indicados pelo médico.
  4. Fisioterapia: foco em mobilidade, fortalecimento e controle de dor, com progressão segura.
  5. Infiltração: pode ser indicada em alguns casos, com destaque para viscosuplementação com ácido hialurônico em situações selecionadas.

Quando há falha do tratamento conservador, travamentos relevantes ou limitação funcional importante, procedimentos cirúrgicos podem ser considerados.

Em fases iniciais, a artroscopia pode remover corpos livres e regularizar irregularidades. Em casos avançados de artrose do cotovelo, existem outras opções, como artroplastias, com indicação individualizada.

Caso você note algum dos sintomas descritos acima, agende o quanto antes uma consulta com médico especialista para evitar a piora do quadro.

FAQs

Quais são os primeiros sintomas de artrose no cotovelo?

Geralmente começam com dor ao esforço, rigidez após ficar parado e leve perda de amplitude para dobrar ou esticar o braço, com possíveis estalos.

Estalo no cotovelo sempre é artrose?

Não. Estalos podem ocorrer sem doença. O sinal ganha peso quando vem com dor, rigidez, inchaço ou limitação de movimento.

A artrose do cotovelo pode travar o movimento?

Pode. Osteófitos e fragmentos dentro da articulação podem gerar bloqueios intermitentes e sensação de “engasgo” no movimento.

Quais atividades pioram a artrose do cotovelo?

Movimentos repetitivos, cargas altas, exercícios de empurrar e atividades que exigem apoio do braço costumam aumentar a dor e a rigidez.

Como confirmar o diagnóstico?

Consulta com exame físico e radiografia do cotovelo. Em casos específicos, tomografia ou ressonância ajudam a detalhar o quadro.

A artrose do cotovelo tem cura?

Não há cura definitiva. O foco é controlar dor, melhorar função e reduzir a progressão com reabilitação, ajustes de carga e tratamentos indicados.

Quando a cirurgia é considerada?

Quando há falha do tratamento conservador, dor persistente, travamentos frequentes ou perda funcional importante que limita atividades básicas.

Dr. Thiago Caixeta

Especialista em cirurgia minimamente invasiva de ombro e cotovelo em Goiânia, CRM/GO 1329, RQE 8070. Membro da SBOT, SBCOC, SBRATE e SLARD.

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